Janeiras 2008

08-JAN-2008

Janeiras 2008

Como manda a tradição, o Grupo Folclórico de Danças e Cantares de Alvarães (GFDCA) está, neste primeiro mês de 2008, a percorrer as ruas da freguesia, cantando as Janeiras de casa em casa. É uma forma alegre de o rancho desejar um bom ano a todos os alvaranenses e, simultaneamente, de angariar alguns "trocados" para o financiamento das suas actividades.


Mas, como diz uma das quadras que o grupo canta, muito mais importante do que o dinheiro que os donos de cada casa possam dar, é a "chouriça" que eventualmente poderá haver lá pelo fumeiro. Essa "chouriça" representa o convívio entre os elementos do rancho e as pessoas de cada casa, que pode ser traduzido num cálice de Porto para afinar as gargantas, em "duas de conversa" sobre o ano que agora começa, ou mesmo numa desgarrada improvisada entre um qualquer morador que "ouse desafiar" um elemento do rancho.


Com a ajuda das concertinas, violas, "ferrinhos" e bombos, o GFDCA vai andar "por aí", ao longo de todo este mês, desejando a todos um 2008 cheio de coisas boas e das maiores venturas a nível pessoal, profissional e familiar.

 

Este ano, um momento particularmente marcante foi o Cantar das Janeiras na casa de Joaquim Figueiras, fundador do grupo. Joaquim Figueiras, que vive dias complicados por causa de um grave problema de saúde, não conseguiu esconder a emoção. Os elementos do grupo também não. E, por isso, foi de uma forma especialmente sentida e caprichada que ali cantaram as boas festas, num voto comum e muito forte de melhoras para aquele que é o "pai" do rancho de Alvarães.

A mensagem que o GFDCA anda a espalhar pela freguesia é esta:


«Viva lá patrões da casa

Desejamos muita alegria

Aqui tem á sua porta

O rancho da freguesia

 

Aqui vimos nós todos reunidos

Dar as boas festas aos nossos amigos

Não é por interesse, nem pelo dinheiro

É pela chouriça que está no fumeiro

Oh rapaziada não vos esqueçais

Dar as boas festas na noite de Reis

 

Boas festas, boas festas

Para todos em geral

Do maior ao mais pequeno

Para ninguém ficar mal.»

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