A História da Azenha da Almerinda no Rio Neiva
A Azenha da Almerinda, situada nas margens do rio Neiva, é um símbolo do passado e das tradições locais. Durante gerações, foi essencial para a subsistência da comunidade, servindo como local de moagem de cereais e ponto de encontro dos habitantes da região. O nome da azenha ficou associado a Almerinda, uma mulher conhecida pela sua dedicação e trabalho incansável. Com grande esforço, manteve a azenha em funcionamento, garantindo que nunca faltasse farinha para o pão das famílias vizinhas. O moinho tornou-se, assim, um pilar da vida rural, testemunhando os dias de labuta e as conversas à beira-rio.
As Funções da Azenha
A Azenha da Almerinda desempenhava duas funções principais:
1. Moagem de cereais – A força das águas do rio Neiva movimentava as mós de pedra, transformando milho, trigo e centeio em farinha, um bem essencial para a alimentação da comunidade.
2. Ponto de encontro da população – Enquanto esperavam pela moagem dos cereais, os habitantes reuniam-se junto à azenha, trocando histórias, novidades e fortalecendo os laços entre vizinhos.
A Azenha D’Almerinda está ligada à lenda da moleira. Certa noite a Ti Almerinda – a última moleira da azenha – descera ao cabouco, com a candeia a petróleo, para verificar qualquer problema na entrosga. Com o aparelho a funcionar, a entrosga puxou-lhe a saia e a engrenagem apanhou-a, provocando-lhe a morte. Deixou de funcionar por volta de 1974.
Embora os tempos modernos tenham levado ao abandono de muitas azenhas, a memória da Azenha da Almerinda permanece viva na tradição oral e na identidade da região, simbolizando o esforço e a resiliência das gentes que ali viveram.